
O AMOR GRAVADO FUNDO NO CORAÇÃO
O sol estava bem próximo à linha d’agua, quase tocando o mar, num fim de tarde ventidado e cheio de luzes. Chegamos à praia, meu pai estacionou o carro e nos dirigimos a uma peixaria – Alfredo, muito famosa na cidade de Fortaleza, CE. Era o ano de 1965. E a cena deve ter sido terna para os que assistiram: um jovem de 26 anos tomando pela mão uma menininha de 5 anos que, com certeza irradiava alegria. Por mais que tente, não consigo lembrar bem dos detalhes da comida, exceto que comemos caldeirada.
O melhor, e que ficou bem marcado em meu coração, foi o passeio depois da janta. Atravessamos a rua e nos dirigimos para o calçadão da orla e caminhamos um bom tempo.
Esse é o quadro que tenho mais nítido. Como era tão pequenina, me recordo da mão de meu pai segurando a minha e eu saltitando. Lembro do vento e de um cheiro bom no ar, que me acompanhou toda a vida.
E o sentimento de carinho, amor e devoção que invade o meu peito, todas as vezes que recordo o fato, me faz crer que esse deveria ser о mesmo que senti naquele dia.
Meu pai sempre foi muito importante para minn. Tenho inúmeras lembranças das vezes que saímos juntos, só os dois. Para mim representam uma enorme demonstração de amor, que ficaram gravados no coração daquela menininha.
Te amarei sempre.