Capítulo 1 – Parte 1
Estudo da Sociedade Feminina da Igreja Batista Regular Renascer – Manaus, AM
Capítulo 1 – Parte 2
Estudo da Sociedade Feminina da Igreja Batista Regular Renascer – Manaus, AM

As Obras da Carne – Gl 5:16-18

Capítulo 1

ANDAI NO ESPÍRITO…

TEXTO BÍBLICO 

“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o   Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.  Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei”. (Gl 5:16-18)

ALVO

Demonstrar que o crente, apesar de renascido, ainda possui uma natureza decaída que precisa constantemente ser subjugada e vencida pela submissão a Deus e à Sua Palavra.

ESBOÇO

Introdução

  1. Reconhecendo as duas naturezas
  2. Lutando contra a Velha Natureza

Conclusão

INTRODUÇÃO

Avaliando o versículo vemos que o tempo verbal “andai” indica uma ação habitual, uma maneira  de  comportar-se e de viver.

“No Espírito” fala sobre a presença do Espírito Santo e submissão à Palavra de Deus neste andar, que fará o crente ocupar-se diariamente com as coisas de Deus.

“E jamais satisfareis…”, significa dizer que o crente espiritual encontrará forças, pelo Espírito, para vencer as tentações e não atender ou consumar as cobiças e desejos próprios da natureza decaída (concupiscência da carne).

“Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne  é um mandamento com promessa. Deus estabelece uma ordem e sua plena obediência nos assegura vitória contra as tentações de toda sorte que habitam em nossa carne.

Ao final deste estudo será possível, avaliando as nossas vidas, verificarmos se ainda estamos satisfazendo à concupiscência da carne ou se andamos no Espírito.

I. RECONHECENDO AS DUAS NATUREZAS

O homem natural, não regenerado, anda segundo os seus próprios pensamentos. Para ele as coisas de Deus são loucura e não as compreende (1 Co 2:14). Mesmo que seja uma pessoa educada, culta, moralista, com aparência de piedade, continua tendo como principal objetivo satisfazer aos desejos e ambições pessoais. Uma vida que glorifica a si mesmo e não a Deus.

Quando Deus, em Sua infinita misericórdia vivifica o homem natural, através do ato regenerador do Espírito Santo (Tt 3:5), ele experimenta o novo nascimento, tornando-se homem espiritual. Pela fé na obra redentora de Cristo, o crente recebe uma nova filiação e uma nova natureza, e assim, torna-se participante da natureza divina (2 Pe 1:4).

Então, ocorre a conversão – uma mudança de direção. Seguíamos para a morte e agora caminhamos para a pátria celestial, a vida eterna.

E durante essa jornada devemos ocupar nossa mente e coração com as coisas espirituais, negando de maneira enfática os fortes desejos e a cobiça pelos quais anela nossa carne, a velha natureza.

Agora o crente possui duas naturezas – a Velha Natureza, carnal e terrena, recebida de seus pais, e a Nova Natureza, espiritual e divina, recebida de Cristo.

Essas duas naturezas não habitarão em harmonia. Pelo contrário, estarão em constante conflito, e o crente espiritual, no processo de santificação, deve buscar vencer a batalha contra a carne.

É importante compreendermos, mais detalhadamente, a realidade das duas naturezas que habitam no crente: Carne e Espírito. Em Gl 5:17, lemos: porque a carne milita contra o espírito, e o espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.

            A ideia aqui é de dois grupos antagônicos seguindo ideias próprias. Vejamos o significado original das palavras empregadas no grego:

Milita – o verbo “epithymeõ” – Significa um ardente desejo da carne contra o espírito, e enfatiza mais o lado ativo da cobiça da carne, algo que, se não for reprimido, será plenamente satisfeito. Como em Mt 5:28 “… eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”.

Opostos – a palavra “antikeimai” – Dá idéia de adversidade. Usado no tempo presente, indica a ação contínua, isto é, oposição sempre. É o mesmo verbo utilizado em 2Ts 2:4,  “… o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus…”

Façais – o verbo “poieõ” – Indica propósito ou resultado. Querer (thelõ), desejo, uma vontade interior – Significa não transformar a idéia em um ato, ou seja, a não realização de um propósito.

            Alguns ignoram a realidade das duas naturezas, satisfazendo seus desejos carnais, justificando que Deus entende os “deslizes” do velho homem, buscando desculpas para o seu pecado. Os que são de Cristo manifestarão o Fruto do Espírito e os que estão sob senhorio da carne, continuamente praticarão as suas obras.

II. LUTANDO CONTRA A VELHA NATUREZA

A partir do momento que o crente tem consciência da guerra interior que é travada diariamente e sem cessar, ele deve reconhecer o inimigo e estabelecer as armas e a estratégia a serem utilizadas, adotando os seguintes passos:

Primeiro: reconhecer que nesta luta você é o seu próprio inimigo! A luta a ser travada é contra o ego, a própria vontade, os desejos e paixões carnais. Por isso a necessidade de estar vigilante, pois o inimigo é traoçoeiro e se manifestará constantemente contra Deus e buscando a satisfação da carne.

Segundo: você não tem em si mesmo armas, pois, a única arma capaz para o enfrentamento é a Palavra de Deus e Suas promessas (Ef 6:11-17). Muitos têm tentado a “reforma” pessoal e estarão constantemente caindo e desistindo dos propósitos e objetivos almejados.

Terceiro: definir a estratégia a ser utilizada nessa luta, que será a oração constante (Ef 6:18), a comunhão com os irmãos (At 2:42) e o serviço ao Senhor. Estar ocupada, mente e corpo, com as coisas do alto, onde Cristo vive (Cl 3:1).

É imprescindível sabermos que cada uma de nossas naturezas tem um senhor. Pois, Gl 5:18, diz: “mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei”. Analisando cada um dos termos empregados podemos compreender, claramente, a existência dos dois senhores – o Espírito e a Lei.

Guiados – o verbo “ago” significa conduzir. Aqui, porém, a forma verbal empregada é ser guiado, deixar-se conduzir. A mesma forma verbal de Lc 4:1 “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto…”. O Espírito é um guia e o crente espiritual deve-se deixar conduzir por Ele, submeter-se.

Sob o jugo da Lei – A Lei de Deus, que é santa e perfeita (Rm 7.12, 14), exigia do povo judeu exercitar um padrão de justiça que ele era incapaz de cumprir, fazendo-o culpado, sob condenação e morte, conforme Rm 3:20 “[…] em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”.

A nação viu a Lei somente como um conjunto de ordenanças a serem cumpridas pelo esforço pessoal. E o que era para vida, lhes trouxe a morte. Pois, sob a Lei, a carne (vontade humana) passou a acreditar nos méritos próprios e julgou-se capaz de satisfazer a justiça de Deus pela (possível) obediência da Lei.

Guiado pelo Espírito (Sob a graça) – Cristo, o único que cumpriu a Lei e na cruz levou sobre Si nossos pecados. Ressuscitou para vivermos sua vida, e agora, pela graça, o crente foi libertado do domínio da Lei, reconhece que suas obras (sua velha vontade) não satisfazem à justiça de Deus. E vive guiado pelo Espírito, conforme 1 Pedro 2:24: “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça…”.

A Lei é perfeita e eterna… o Espírito é perfeito e eterno. O que Deus transformou para vivermos não mais sob a Lei, mas sim, sob Sua graça? O coração do homem.

No Livro de Romanos, capítulos de 6 a 8, o apóstolo Paulo exemplifica a luta entre as 2 naturezas do crente.

O capítulo 6 nos diz que o nosso velho homem foi sepultado com Cristo em sua morte, e ressuscitado com ele, para vivermos em novidade de vida, o pecado não mais terá domínio sobre nós (Rm 6:4;14). E essa será uma luta diária.

Conforme disse Martinho Lutero: “Pensei que o velho homem tinha morrido nas águas do batismo, mas descobri que o infeliz sabia nadar. Agora tenho que matá-lo todos os dias”.

Agora devemos apresentar os nossos membros a Deus, como instrumentos de justiça e não mais ao pecado, como anteriormente fazíamos (Rm 6:13). Os que creram em Cristo, não estão mais na carne para servir às suas paixões pecaminosas.

No capítulo 7, entramos na guerra. O capítulo descreve essa batalha – a luta interior entre as duas naturezas do crente.

A nova natureza que anela pelas coisas espirituais e deseja agradar a Deus (1Ts 4:1) contra a velha natureza com suas paixões pecaminosas (Cl 3:8-9).

Assim, com a mente temos prazer na lei de Deus, mas nossas ações muitas vezes nos contradizem e pecamos. “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? (Rm 7:24).

Graças a Deus que, em Cristo, morremos para a lei e ressuscitamos para uma novidade de vida, onde reina a liberdade (Rm 7:6).  

No capítulo 8, somos avaliados pelo Senhor na saída do campo de batalha: um sério questionamento acerca da nossa conduta, da vida de Cristo em nossa vidas… da salvação pessoal.

Devemos responder sobre como utilizamos as armas e a estratégia diante das nossas tentações. Cada crente, se de fato é habitado pelo Espírito Santo, mortificará o velho homem e frutificará para Deus (Rm 8:9, 11). 

Agora, sempre que estivermos no calor de uma batalha, na luta contra o pecado, segundo Romanos capítulo 7, lembremos das promessas do seu capítulo 6 e tenhamos atenção aos questionamentos do capítulo 8.

Cada uma de nossas naturezas tem um senhor. Os que creram em Cristo, não estão mais na carne para servir às suas paixões pecaminosas. Se de fato é habitado pelo Espírito Santo, mortificará o velho homem e frutificará para Deus.

Para uma ilustração visual, colocamos o capítulo 7 em destaque. O pecado já foi pago por Cristo (Rm 6). Há, contudo, uma luta diária a ser travada pelo crente (Rm7). A submissão a Deus garante a vitória (Rm 8).

Pensemos em duas ilustrações:

Ilustração 1.

“Suponhamos que uma pessoa levante acusação falsa contra nós”

Dominados pela carne:

Imediatamente ficamos revoltados e nos vem a ideia de tomar satisfação, defender-nos, quem sabe até “jogar umas verdades na cara”.

Guiados pelo Espírito: 

Tentamos esclarecer, com mansidão e, se não for possível, devemos entregar nas mãos de Deus, mediante a leitura da Bíblia e oração.

Rm 12.19. “ Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: a mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o senhor”.

Ilustração 2.

“Um  irmão nos conta um segredo sobre si mesmo ou sobre outro irmão (que não seja pecado!)”

Dominados pela carne

Muitos sentiriam a tentação de comentar com aquele irmão “mais íntimo”, e outro… e mais outro…

Guiados pelo Espírito: 

Segredo confidenciado, quando contamos a outros… vira fofoca!

Pv 11.13. “O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre”

CONCLUSÃO

Quem são os que andam no Espírito? Há um claro contraste entre os que andam no Espírito – o homem espiritual, e os que satisfazem a concupiscência da carne – o homem natural.

Quem nós somos (Gl 5)?

O Homem EspiritualO Homem Natural
É submisso a Deus e a sua Palavra (v.16)Anda segundo a carne e satisfaz os desejos do seu coração (v.16)
É guiado pelo Espírito (v.18)Está sob a Lei, sem a Graça de Cristo (v.18)
Manifesta o Fruto do Espírito (v.22-23)Pratica as Obras da Carne (v. 19-21)
Crucificaram a carne e suas paixões (v.24)Não herdarão o Reino de Deus (v.21) 

Capítulo 2

AS OBRAS DA CARNE SÃO CONHECIDAS… 

Capítulo 2 – Parte 1
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TEXTO BÍBLICO

Gl 5:19  “Ora, as obras da carne são conhecidas…”

ALVO

Conscientizar o crente acerca da dramática situação de decadência moral do mundo sem Deus, entregue aos seus próprios pensamentos.

INTRODUÇÃO

Nosso objetivo neste capítulo é traçar um perfil da situação moral dos homens de nossos dias em quadros estatísticos que mostrem a evolução da decadência moral, provando que o resultado é exatamente o oposto do “progresso” da humanidade como apregoam os humanistas.

E qual seria a importância desse conhecimento? Contrastar o mundo perdido com os preceitos da Verdade imutável de Deus. Não permitir que o relativismo da moralidade e dos costumes embotem os nossos valores cristãos.

I.       CONCEITOS BÁSICOS

Antes de iniciarmos a descrição de cada pecado individualmente, é necessário conceituar as palavras introdutórias do versículo, e assim, dirimir qualquer dúvida:

  • Obras – Do grego, “ergon”.  Significa trabalho, resultado de uma ação. É a expressão visível de uma disposição mental. As obras que interessam a velha natureza estão em contraste com as obras de Deus.
  • Carne – O termo grego é “sarx”. Tanto na literatura secular, quanto no conceito bíblico, por carne se entende o homem inteiro, a própria essência da pessoa, como em Salmos 84:2 “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! ”

      O termo tambémé tomado no sentido de carnalidade, significando a própria natureza pecaminosa. A existência do homem em rebeldia contra Deus, em desobediência à Sua Palavra, como em Romanos 8:8 “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.

      O homem natural, não regenerado, por mais moralista e religioso que seja, não pode compreender a abrangência do pecado, posto que ele próprio é prisioneiro da carne, refém de um sistema de valores transitório e permissivo – onde o que ontem era errado, hoje pode ser certo, embotando o seu entendimento.

O pecado somente pode ser medido em comparação com a santidade e justiça de Deus, à luz de Sua Palavra imutável (Sl 119.89,160). Pela fé em Jesus Cristo, o homem é vivificado espiritualmente e passa a compreender que antes era escravo da carne, agora, unido a Cristo, é livre. Livre para não pecar.

  • Conhecidas – Do grego, “phaneros”. Tem o sentido de algo claro, manifesto, notório. Essas obras são de conhecimento público e, por mais que se tornem lugar comum em nossa sociedade, os homens têm gravado em seus corações e consciências que tal prática é um erro (Rm 1:20-21).

Tais conceitos, porém, são veementemente rechaçados e considerados dogmas religiosos, principalmente, o conceito de pecado, que é uma criação da religião. O homem natural odeia “rotular” qualquer ato de pecado, pois seria o mesmo que admitir-se pecador. E mesmo que haja alguns que até verbalizem que são pecadores, não consideram seus atos pecaminosos, nem jamais admitem a hipótese de precisarem de um Salvador. Ao negarem a existência do pecado que nos rodeia, negam, em última instância, a existência do próprio Deus.

Mas, mesmo que lhe subtraiam o título de pecado, eles são públicos, disseminados e conhecidos… e por causa deles a humanidade se tem corrompido e degenerado… Homens dos últimos dias (2Tm 3:1-5).

Tracemos, pois, um perfil do mundo em seu “progresso” – como consideram os humanistas, segundo os quais o homem caminha para atingir sua potencialidade máxima e ser feliz. Reflitamos, se eles estão certos, ou se, à luz da Bíblia, Deus é verdadeiro quando diz em 2 Tim 3:13: “Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”.

Apresentaremos dados estatísticos do Brasil e do mundo, enfatizando apenas alguns aspectos que possam servir de destaque e alerta. Pela dificuldade de padronizar os dados por critérios e datas, é nossa intenção tão somente avaliar índices que corroborem com o assunto tratado.

II.     A DECADÊNCIA MORAL DE UMA SOCIEDADE SEM DEUS

1.       Sexo sem compromisso

Da década de 70 para cá, os índices de adolescentes grávidas, tem aumentado consideravelmente, e a média de idade das gestantes, diminuída. O Brasil tem um índice de 65 gestações para cada 1 mil meninas de 15 a 19 anos, segundo dados referentes ao período de 2006 a 2015.[1] Dados do SUS indicam que a porcentagem da faixa etária dos 10 aos 19 anos no total dos partos nos hospitais conveniados chegou a 26,5% em 1997 contra 22,34% em 1993.[2] [3]

A idade em que ocorre a menarca tem se adiantado em torno de 4 meses a cada 10 anos no nosso século, o que significa que a mulher está exposta e sujeita a uma gestação, cada vez mais cedo.[4]

Os adolescentes (10 e 19 anos de idade) começam a viver suas primeiras experiências sexuais, podendo apresentar comportamentos com risco de infecções por DST/Aids, pelo início precoce da vida sexual e uso inconsistente de preservativo.[5] O contexto familiar exerce influência direta com a época em que se inicia a atividade sexual.

2.       Casamento/ Divórcio

Em reportagem da revista Veja (ed. 11/08/99).[6]

– Nos Estados Unidos, 60% dos casamentos acabam em divórcio, na Inglaterra, são 40%.

No Brasil, segundo dados do IBGE:

– Em 1985 um casal se divorciava para cada 9 casamentos e em 1995, essa proporção era de um divórcio para cada 4 uniões.

– Em 1996, 69% dos brasileiros entre 25 a 35 anos tinham um cônjuge, sendo que 31% viviam juntos sem serem formalmente casados (cartório/igreja), tipificando um novo padrão de relacionamento;

– O total de divórcios no país cresceu 55% entre 1991 e 2002 e os casamentos duram em média, 10 anos e meio.

3.       Homossexualismo

A sociedade já aceita o relacionamento entre dois iguais, sem reservas, há muito tempo. Artistas e personalidades públicas se assumem gays. O cinema, televisão e internet fazem apologia ao tema, parada gay decanta o orgulho sobre a opção, termos são cunhados para englobar todas as possibilidades – LGBTQIAP+ (é uma sigla que abrange pessoas que são Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, e mais). Há turismo e produtos especializados no assunto etc. O casamento gay é legalizado mundialmente. 

4.       DST/HIV

Primeiro foram os homens a sofrer com as doenças sexualmente transmissíveis e raramente as mulheres eram infectadas, exceto as prostitutas e gays. Depois veio a AIDS e os grupos se alastraram: gays e prostitutas, homens e mulheres heterossexuais e agora as crianças (os filhos da AIDS).

As regiões cujas populações eram bem definidas: áreas de prostituição, países como a África, agora, o mundo inteiro é o campo. Todos conhecemos famílias que já perderam alguém para o mal.

Os adolescentes (10 e 19 anos de idade) pelo início precoce da vida sexual e uso inconsistente de preservativo, podem apresentar comportamentos com risco de infecções por DST/Aids.[7]

I.          O HOMEM ATENTA CONTRA O PRÓPRIO CORPO

1.       Bebida alcoólica [8]

Globalmente cerca de 43% da população são bebedores. A média de consumo per capita mundial foi de 6,4 L de álcool puro.

No Brasil, o álcool esteve associado a 69,5% e 42,6% dos índices de cirrose hepática, a 36,7% e 23% dos acidentes de trânsito e a 8,7% e 2,2% dos índices de câncer – respectivamente, entre homens e mulheres em 2016.

As consequências do uso de álcool também oneram a sociedade, de forma direta e indireta, potencializando os custos em hospitais e outros dispositivos do sistema de saúde, sistema judiciário, previdenciário, perda de produtividade do trabalho, absenteísmo, desemprego, entre outros.

Ainda, em todo o mundo, nota-se que as faixas etárias mais jovens (20-49 anos) são as principais afetadas em relação a mortes associadas ao uso do álcool, traduzindo como uma maior perda de pessoas economicamente ativas.

No Brasil, o consumo também é apontado como um dos principais fatores causais de acidentes de trânsito. Em aproximadamente 70% dos acidentes violentos com mortes, no trânsito, o álcool é o principal responsável.[9]

2.       Droga[10]

No ano de 2017, 11 milhões de pessoas injetaram drogas, dos quais 1,4 milhões vivem com HIV e 5,6 milhões, com hepatite C. A estimativa sobre a fabricação ilícita global de cocaína alcançou o recorde de 1.976 toneladas, um aumento de 25% em relação ao ano anterior. A droga mais usada no mundo continua a ser a  cannabis – cerca de 188 milhões de pessoas usaram essa droga neste ano.

Em 2019, em torno de 35 milhões de pessoas no mundo sofrem de transtornos decorrentes do uso de drogas e necessitam de tratamento.

Um aumento de 60% no número de mortes causadas diretamente pelo uso de drogas lícitas e ilícitas entre 2000 e 2015 foi registrado nos últimos tempos. Desse número, os medicamentos de prescrição derivados do ópio respondem por 76% de todos os óbitos (ONU).[11]      

3.       Comida[12]

Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que um em cada oito adultos em todo o planeta é obeso.

A projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões com obesidade. Já o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões caso nada seja feito – incluindo 427 mil crianças com pré-diabetes, 1 milhão com hipertensão arterial e 1,4 milhão com aumento do acúmulo de gordura no fígado.

II.      A AUSÊNCIA DE TEMOR A DEUS E O AUMENTO DA CRIMINALIDADE

1.       Os ciúmes e os crimes passionais [13]

O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH).

O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o número de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013, passou de 3.937 casos para 4.762 mortes. Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país.

2.       A ira, a discórdia e a violência[14]

Em torno de 464 mil pessoas foram vítimas de homicídios no mundo em 2017, mais de cinco vezes o número registrado em conflitos armados no mesmo período, afirmaram pesquisadores das Nações Unidas.

De acordo com um estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a América Central é a região mais perigosa para se viver, onde o número de homicídios cresce em alguns locais específicos para 62,1 a cada 100 mil habitantes, segundo dados de 2017.

O Brasil tem taxa de 30,5 homicídios a cada 100 mil habitantes, a segunda maior da América do Sul, depois da Venezuela, com 56,8. No total, cerca de 1,2 milhão de pessoas perderam a vida por homicídios dolosos no Brasil entre 1991 e 2017.

3.       A inveja e a corrupção [15]

O relatório da Fiesp informa que o custo da corrupção no Brasil chega até R$ 69 bilhões de reais ao ano. Segundo o levantamento, a renda per capita do País poderia ser de US$ 9 mil, 15,5% mais elevada que o nível atual (a renda per capta sem a corrupção seria de R$ 43.470,00 – sendo R$ 3.622,00 mensais per capta).

Segundo dados de 2008, a pesquisa aponta que o custo médio anual da corrupção no Brasil representa de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, gira em torno de R$ R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões. Valores estes que poderiam ser investidos em Educação, Saúde,  Habitação, Saneamento e  Infraestrutura.

As 26 pessoas mais ricas do mundo detêm a mesma riqueza dos 3,8 bilhões mais pobres, que correspondem a 50% da humanidade (dados referentes a 2018, Oxfam). A fortuna dos bilionários aumentou 12% em 2018, o equivalente a US$ 900 bilhões, ou US$ 2,5 bilhões por dia. A metade mais pobre do planeta, por outro lado, teve seu patrimônio diminuído em 11% no mesmo período. [16]

CONCLUSÃO

Como podemos ver nas informações apresentadas, as Obras da Carne reinam soberanas na humanidade decaída, sem Deus e entregue aos seus próprios corações. As estatísticas somente pioram ano após ano, e, quando melhoram, como é o caso do índice de consumo de bebida alcoólica, são confrontadas com o aumento do índice de consumo de drogas ilícitas. Confirmando 2Tm 3:13, segundo o qual os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.

E quais as obras que Deus deseja da parte dos homens? Certa vez os discípulos perguntaram exatamente isso a Jesus, que lhes respondeu que deveriam crer Naquele que por Deus foi enviado (Jo 6:28-66).

Talvez muitos hoje em dia pensem que se basta crer no nome de Jesus para agradar a Deus, então é fácil! Sim, muitos têm se iludido ao crer no marketing em torno do “NOME JESUS”, vendido levianamente por lobos disfarçados de ovelhas. Não foi assim com aqueles, pois, ao entenderem que deveriam demonstrar com atitudes sua fé, não só no nome, mas na Pessoa de Jesus e Sua Palavra, se escandalizaram (Jo 6.61) e já não andavam com Ele (Jo 6.66).

Frequentar cultos, cantar, ter aparência de piedade, sem a genuína conversão, pode enganar a si próprio, enganar a alguns, mas não a Deus:

“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”. Apocalipse 3:1-2

Capítulo 3

OS PECADOS FÍSICOS DE NATUREZA SEXUAL…

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TEXTO BÍBLICO

Gl 5:19  “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: adultério, prostituição, impureza, lascívia …” 

ALVO

Demonstrar que o pecado nos cerca por todos os lados: nosso próprio coração, as artimanhas de Satanás e as sutilezas do mundo. E estabelecer os meios para combater esses inimigos.

ESBOÇO

Introdução

  1. Pecados físicos de natureza sexual
  2. Adultério e Fornicação
  3. Impureza
  4. Lascívia
  5. Lutando contra a própria vontade

Conclusão

INTRODUÇÃO

Há cinco pecados considerados físicos, três são de natureza sexual e comissionam direta ou indiretamente outras pessoas e dois dizem respeito à saúde, e tratam a pessoa individualmente.    

Enquanto que o mundo incrédulo, prossegue em sua prática, destruindo vidas e famílias inteiras, apesar de terem recebido o status de “socialmente” aceitos.

Os termos que encontramos no versículo, em seu sentido original, permitem melhor entendimento em nossa língua. Assim, vemos que eles continuam a representar perigo para as almas dos crentes.

I.        PECADOS FÍSICOS DE NATUREZA SEXUAL

1.   Adultério e Fornicação

A palavra no original grego é “moicheia”, traduzida por Adultério, significando infidelidade, relações sexuais com outro que não o cônjuge. Fornicação, no grego é “porneia” e significa todas as formas de pecados de natureza sexual, foi traduzida por relação sexual ilícita (Mt 5:32; At 15:20), prostituição (Mt 15:19), impureza (1 Co 6:18), imoralidade (1 Co 5:1), devassidão (Ap 17:2) e impudicícia (Ef 5:3).  

A prostituição (porneia) física é só uma consequência da prostituição (porneia) espiritual. São as relações ilícitas que o coração mantém com o mundo, priorizando a psicologia e o conhecimento secular, colocando os olhos na enganosa beleza do pecado, e por fim, sucumbindo aos desejos da carne, que caracterizam a imoralidade espiritual e a rejeição à santidade e comunhão com Deus.

À luz da santidade de Deus, todos os relacionamentos que Deus considera lícitos estão previstos no texto de 1 Co 7. O homem e a mulher, enquanto solteiros, devem se manter puros, castos, virgens. Mas caso não controlem seus desejos, devem se casar (vs. 1-2), mantendo-se fiel. Deus sempre exige a castidade, portanto as relações fora do casamento são ilícitas. 

O Velho Testamento. A virgindade sempre esteve no coração de Deus e é claro em Sua Palavra. Êxodo 22:16-17 e Dt 22:28-29, relata a pena no caso de um homem violar ou seduzir uma virgem e o devido castigo para tal afronta. Em Lv 21:13-14, é estabelecido o padrão de santidade exigida do Sacerdote quanto à sua esposa.

O Novo Testamento. Também o apóstolo Paulo, quando se refere à jovem solteira diz: “ … também se a virgem se casar, por isso não peca…” (1Co 7:28). E quanto ao rapaz, o apóstolo deixa clara a necessidade de castidade, ou, se não puderem conter-se, que se casem (1Co 7:1;8-9). Tal conceito também fez parte dos costumes em todas as sociedades até bem pouco tempo atrás. Também nós, que temos mais de 50 anos, podemos tranquilamente atestar que o que se esperava de uma moça solteira era que fosse virgem.

Cenário Atual. 

O advento da emancipação feminina, trazendo alguns direitos lícitos sob o aspecto civil (emprego, renda, voto), também proporcionou, em crescimento exponencial, a decadência e desregramento dos costumes, corrompendo as qualidades morais de uma geração após outra. 

Adultério – Relações sexuais fora do casamento é uma prática tão comum em nossos dias, chegando a índices alarmantes de 50% dos homens e 30% das mulheres casados admitem que já trairam o cônjuge. Isso se confirma pelo número de divórcios e recasamentos nos dias atuais. 

Fornicação – É  o  relacionamento  ilícito  entre  duas pessoas que mantêm relações sexuais sem o compromisso do casamento.  Já  é lugar comum entre os ímpios e amplamente incentivada pelos meios de comunicação – chamam “Liberdade Sexual” sem ao menos saber do que falam. No meio do nosso povo, o número de casais com esta prática e de casamentos apressados por gravidez tem sido uma vergonha para o santo nome de Deus.

O estigma da virgindade. Os jovens com menos de 20 anos de idade sequer concebem o conceito de virgindade, considerado ultrapassado, já que namorar está rapidamente sendo substituído por “ficar” ou “pegar” – termos utilizados para conceituar a prática dos mais diversos graus de intimidade entre duas pessoas, às vezes, por prazo de apenas uma noite.

A desvalorização da pessoa humana. forma de cumprimento entre os jovens é de uma falta de pudor inconcebível: os beijos, abraços prolongados, e isso também entre dois do mesmo sexo. Não é de admirar-se a quantidade de desvios comportamentais, cujo percentual de adeptos tem mudado os costumes e até as leis civis. O que podemos dizer? Que Deus aceita porque conhece as fraquezas humanas e que os tempos mudaram? Não e não! Deus odeia a prostituição, impureza, ontem e hoje e sempre, porque o Senhor não muda: “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml 3:6).

O modernismo evangélico tem entrado em nossas igrejas derrubando preceitos, doutrinas  e dogmas que por séculos fizeram parte da “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 1:3). E o método utilizado foi desacreditar a Palavra de Deus como plena e verbalmente inspirada, fazendo crer que alguns trechos são meramente humanos, portanto, passíveis de erro e adaptáveis às mudanças sociais e conveniências humanas. Você crê assim?

Abrindo a porta para o mal  – Prostituição. É o relacionamento ilícito entre duas pessoas com fins lucrativos. Provavelmente você considere errada tal prática, como indigna.  Mas, e o que dizer então dos programas de TV e cinema, onde pessoas recebem pagamento para praticarem cenas de nudez e sexo cada vez mais explícito em estórias de adultério onde a “mocinha” muitas vezes é a amante? E que servem de diversão para muitos evangélicos? Quando a prostituição se restringe a certas regiões da cidade ou “cabarés”, nossos jovens estariam à salvo. O perigo é quando eles começam a considerar inofensivas, admirar e reproduzir práticas que para o mundo incrédulo são normais. E para os crentes?

2.   Impureza

A palavra grega é “akatharsia”. Foi traduzida como imundícia e impureza.  Em pelo menos três versículos esteve junta com prostituição e lascívia (2 Co 12:21; Gl 5:19 e Cl 3:5). Significa uma pessoa impura em seus pensamentos e prática de vida: sensual, devassa, libertina, dissoluta, sem pudor, que se entrega e estimula a luxúria (corrupção de costumes). A impureza pode ser no sentido cerimonial, físico e no senso moral.

No Velho Testamento foi muito utilizada no sentido cerimonial, diretamente relacionada com a crença de Israel no Deus verdadeiro.

A lepra, uma doença física, era impureza e afastava da comunhão e convívio com outras pessoas (Lv 13:14-15). A impureza era inimizade e afastava a pessoa assim considerada do culto a Deus (Lv 7:19-20). A lepra, uma doença física, era impureza, associada diretamente com o pecado, caracterizando uma doença na fé e tornava uma pessoa impura, afastando-a da comunhão e convívio com outras (Lv 13:14-15). A impureza era ainda, relacionada com animais, objetos, situações e locais, educando o povo acerca da necessidade de separação e dedicação a Deus (Lv 11; Lv 15; Lv 17). O próprio sacerdote se tivesse sobre si alguma impureza seria eliminado do meio do povo (Lv 22:3).

É interessante observar que descrevia rituais e ordenanças exteriores e sua observância qualificava uma pessoa à comunhão e serviços sagrados. Porém, somente obedeceriam aqueles cujos corações eram puros e retos diante de Deus.

No Novo Testamento, em Mt 23:27,  Cristo criticou os religiosos impuros da época que cumpriam as cerimônias exteriores, mas tinham os corações corroídos de pecados: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros   caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e  de toda imundícia!”.

No sentido moral, o livro de Romanos, capítulo primeiro, estabelece o que é impureza: pessoas (religiosas ou não) que ao invés de buscarem o conhecimento e a glorificação de Deus, pela obediência, tornaram-se insensíveis,  com os corações  cheios de pecados, idólatras e egocêntricos (Rm 1:21-22). Por este motivo o próprio Deus os entregou à imundícia, aos desejos da carne, para desonrarem os seus corpos entre si, seguindo paixões infames, indignas, desprezíveis, inflamando-se mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, coisas sórdidas, repugnantes, enfim, a uma disposição mental reprovável (Rm 1: 24-32).

O resultado da incredulidade tem trazido à plena luz o que antes era feito na surdina. Práticas antes reprovadas, hoje são consideradas arte e comum. As perversões sexuais de toda sorte estão na moda, basta acessar a internet, assistir televisão ou folhear revistas. Exibicionismo e voyerismo (excitação sexual motivada pela observação de atos praticados por outrem) são o melhor caminho para ganhar fama e fortuna. Os programas de reality-shows, expondo relações sensuais ao vivo, atraindo as atenções do país inteiro, são assuntos discutidos em família. 

Sexo é o assunto do momento: as mulheres devem possuir roupas íntimas que antes eram próprias de prostituas, devem fazer curso de strip-tease, de dança do ventre, para agradar os maridos.

Aos jovens nada é impróprio, pois cada vez mais cedo são inteirados dos mais bizarros temas. As informações da internet estão à mão: práticas e técnicas sexuais, jovens que “ficaram” com outros do mesmo sexo, uso de preservativos, sobre levar o namorado para dormir na casa dos pais, enfim, o só proferir é vergonha.

A falta de conhecimento do Deus da bíblia leva fatalmente a adotar um padrão moral não cristão. Muitos evangélicos, a grande maioria de jovens, entende que adorar a Deus frequentando os cultos e cantando músicas já é suficiente. Ledo engano! Deus tem declarado prévia e solenemente Seu repúdio a essas práticas, em 1 Ts 4:7-8: “Porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.  Destarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo”.

3.   Lascívia

A palavra grega no original é “aselgeia” e significa luxúria, libidinagem, sensualidade, tendência morbidamente intensa para a sexualidade, falta de domínio próprio, dissolução da moral através de atos indecentes que chocam o público.

A devassidão tem assolado a sociedade como um furacão. E seus ventos têm soprado com fúria no meio evangélico, cujas portas estão cada vez mais abertas ao mundanismo. Deus manda ao povo verdadeiramente salvo em Cristo Jesus, durante o tempo que lhes resta na terra que não vivam mais de acordo com as paixões da carne, andando em dissoluções, mas segundo a palavra de Deus (1 Pe 4:2-3).

Os dias atuais assemelham-se grandemente aos tempos pré-diluvianos cuja corrupção era grande à vista de Deus, descrito em Gênesis 6:5: “Viu o senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que  era continuamente mau todo desígnio do seu coração”.

Quase toda a produção estética visa a exposição do corpo e a sedução, com a intenção clara de inflamar a libido, de defraudar.

Defraudação – Agir de má fé visando enganar. Usar de astúcia, com subterfúgio para  iludir que algo está  disponível, sem o real desejo de entregar.  Ultrapassar os limites, tirar o melhor  proveito que puder, levar vantagem, de forma egoísta, por todos os meios, independente dos direitos do outro.

Segundo 1 Ts 4:4-6, aquele que assim agir estará contra Deus: “Que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, […]  e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador”.

Ventos de doutrina trazem as modernidades: A castidade é coisa do passado, hoje, a liberdade sexual impõe novos modelos de relacionamento. A liberdade é quase total. O recato e pudor físicos não mais existem. É possível usufruir todos os prazeres sem responsabilidade,  já que o namoro não visa um futuro compromisso – o casamento.

O conceito da Verdade absoluta, a Palavra de Deus, é totalmente negligenciado pelos evangélicos pragmáticos, que abraçaram o conceito secular de relativismo, onde cada caso é analisado de acordo com as circunstâncias do momento. Assim, os jovens, e muitas senhoras (para vergonha nossa!), estão se vestindo como mundanas.

Será mesmo lícito? Exposição exacerbada de pernas, braços, costas, barrigas. Está na moda? Qual? A do mundo incrédulo? Todo mundo usa? Quem? Os ímpios que não conhecem a Deus? Sabe o que Deus diz de seus costumes?

“Portanto, guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que se praticaram antes de vós, e não vos contaminareis com eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus”.  Levítico 18:30

“Não andeis nos costumes da gente que eu lanço de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; por isso, me aborreci deles”. Levítico 20:23

E ainda:

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do pai não está nele”.  1 João 2:15

Muitos asseverarão contra mim que Deus vê o interior e não o exterior…

Que Deus? O mesmo que em Êxodo descreve, pormenorizadamente, o tabernáculo, os móveis, o serviço, as vestes Sacerdotais? Até os calções de linho que seriam usados por baixo da roupa dos Sacerdotes, inclusive seu comprimento, Deus estabeleceu (Ex 28:42). E mais: uma lâmina de ouro na testa escrita “SANTIDADE AO SENHOR”?

Estaremos falando do mesmo Deus? Você encontraria com Deus usando vestes indignas? Não se iluda. A boca fala do que está cheio o coração (Lu 6:45). Assim também, você mostra por fora o reflexo do coração.

Tudo isso é defraudação. Posto que são usados para expor à “venda” uma imagem de sensualidade e ao mesmo tempo iludir, com falso pudor, que é tudo inocente e sem segundas intenções.

Não nos iludamos. Jovens sozinhos, com roupas sensuais, sem responsabilidade diante de Deus, fatalmente cairão em pecados sexuais. Segunda Coríntios 5:10 diz que cada um dará contas a Deus:

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”.

E as senhoras fiéis, com roupas e comportamentos adequadas, estão desculpadas? De modo algum. Deus nos deixou a missão de atalaias para proclamar e ensinar as jovens. Estamos obedecendo? Tiago 4:17 diz: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”

II.        LUTANDO CONTRA A PRÓPRIA VONTADE

Conscientes do presença do pecado, como poderemos estabelecer alvos para vencê-lo? Como crentes fiéis, e obedientes, devemos buscar na Palavra de Deus as respostas para nossas dúvidas e dificuldades diárias.

Sobre o mundo e suas seduções – Reconhecer que os prazeres oferecidos são transitórios (Hb 11:25) e que a luta contra as tentações não são para comparar com a glória por vir (Rm 8:18). Medite sobre os exemplos de Moisés e José. O primeiro era culto, rico, bonito e tinha tudo. O segundo, injustiçado e sofrido, poderia obter vantagens e prazeres por meio ilícito. Mas ambos, foram fiéis tanto na fartura quanto na adversidade, porque contemplavam o galardão (Hb 10:33;11:26). E você? Tem os olhos na eternidade ou fixos neste mundo passageiro?

Sobre a prostituição e impureza – Não espere abandonar hábitos pecaminosos quando deixar de gostar de praticá-los, pois será mal sucedida. Deus quer o nosso culto racional (Rm 12:1), e conscientemente, devemos deixar de fazer o que temos vontade e buscar aprender a amar o que Deus quer que façamos (Rm 12:2). Tomemos o exemplo de Raabe, que apesar de ser prostituta, creu e temeu ao Senhor (Js 2:9), correndo risco de morte, ficou fiel ao Deus da promessa. E rejeitemos o proceder da mulher de Potifar, que apesar da oportunidade de conviver tão próxima de um crente fiel, não creu e optou por entregar-se aos desejos proibidos  do  seu coração (Gn 39:10).  E você? Efésios 5:1, é uma realidade em seu coração?

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.”

Sobre as artes, cinema, televisão, revistas – A mente humana é altamente poderosa para gravar, reter e reproduzir informações. Assim, o que vemos e ouvimos estará diretamente relacionado ao nosso comportamento. Verifique com muito cuidado o que o mundo chama de “artes”. Você é cúmplice das obras infrutíferas das trevas? Você as aprova e aceita como natural? Quem são os seus ídolos? Os artistas da TV ou aqueles elencados no capítulo 11 de Hebreus? Não se iluda! Os santos de Deus jamais serão apanhados “pra-ti-can-do” as obras das trevas (1 Jo 3:9). Qual é sua prática de vida?

Sobre namoro e fornicação – Satanás tem sido muitíssimo bem-sucedido em convencer aos “evangélicos” que alguns textos escritos na Bíblia são para o tempo passado e que hoje estão obsoletos. Os casais crentes devem começar e terminar namoros comunicando formalmente à família e ao Pastor, pedindo oração dos irmãos. Todo namoro só deve existir se houver a intenção de um futuro compromisso.

Sobre a Lascívia e defraudação – Pecado é consciente, é por desejo próprio. Você escolhe ser sedutora. As roupas são usadas conscientemente provocantes, mas com a desculpa de que “uso porque acho bonito” ou “todo mundo usa” e ainda “não, não é para provocar a sensualidade do outro”. Você não consegue enganar a ninguém.  O que quer é atrair olhares cobiçosos, utilizando artifícios. O faz de maneira casual, como se estivesse na maior inocência. Será que hoje não mais se pensa em usar trajes decentes?  Não mais se aplica a nós o texto de 1Tm 2:9? “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso”.

Meditemos sobre os exemplo de duas mulheres, Rute e Diná. A primeira, jovem e viúva, poderia ter buscado diversão e prazeres (Rt 3:10), mas ao contrário, acatou a lei de Deus, quanto ao levirato e, aos pés de Boaz, buscou resgatador. Sua obediência foi honrada, pois entrou na linhagem do Salvador. A segunda, filha do patriarca Jacó, não permaneceu entre o povo da promessa, ao contrário, buscou amizade com as filhas dos infiéis da terra (Gn 34:1), trazendo aflição e desgraça à sua família.

Que todas as crentes, regeneradas e santas, prefiram a fidelidade à beleza exterior, e tenham sempre no coração, Provérbios 31:30:  “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao                                     Senhor, essa será louvada”.

CONCLUSÃO

Se a justiça dos homens não inocenta alguém de um delito por este alegar desconhecimento da lei, quanto maior rigor terá nosso Deus, com aqueles que “acham, acham, acham…” sem buscar conhecer o que a Bíblia diz sobre a Lei de Cristo (1 Co 9:21; Gl 6:2)?

O amor ao mundo com suas concupiscências e a soberba pessoal têm deixado caído no deserto uma multidão de evangélicos que um dia levantaram a mão em um culto, uma confissão pública de que queriam ser resgatados pelo Libertador. Seus corações, porém, permaneceram no “Egito”, com suas comidas, danças, vestes, prazeres e idolatrias. Jamais entrarão no descanso de Deus. Cairão no deserto (Nm 32:10-11).

Outros, porém, regenerados, amam ao Senhor e conhecem os Seus mandamentos e, como Josué e Calebe, que perseveraram em seguir ao Senhor, entrarão no descanso (Nm 32:10-11) e já agora contemplam, agradecidos, a pátria celestial, onde não mais haverá pecado.


[1] Dados de divulgados 26/10/2017, pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). https://nacoesunidas.org/brasil-tem-setima-maior-taxa-de-gravidez-adolescente-da-america-do-sul/

[2] Dados divulgados Cad. Saúde Pública vol.23 no.1 Rio de Janeiro Jan. 2007 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000100019

[3] Dados do artigo Gravidez na adolescência. http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n4/v12n4a27.pdf

[4] Dados obtidos em Arq Bras Endocrinol Metab vol.44 no.3 São Paulo June 2000  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300003

[5] Dados de Rev Pan-Amaz Saude v.6 n.3 Ananindeua set. 2015

[6] Dados do site do enem

https://enem.estuda.com/questoes/?id=461260

[7] Rev Pan-Amaz Saude v.6 n.3 Ananindeua set. 2015

[8] CISA https://cisa.org.br/index.php/pesquisa/dados-oficiais/artigo/item/71-relatorio-global-sobre-alcool-e-saude-2018

[9] Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.18 no.spe Ribeirão Preto May/June 2010

[10] UNODC https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/frontpage/2019/06/relatrio-mundial-sobre-drogas-2019_-35-milhes-de-pessoas-em-todo-o-mundo-sofrem-de-transtornos-por-uso-de-drogas–enquanto-apenas-1-em-cada-7-pessoas-recebe-tratamento.html

[11] https://atarde.uol.com.br/saude/noticias/1980580-onu-registra-aumento-de-60-no-numero-de-mortes-por-drogas

[12] Agência Brasil http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-10/um-em-cada-oito-adultos-no-mundo-e-obeso-alerta-oms

[13] UOL https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/feminicidio-brasil-e-o-5-pais-em-morte-violentas-de-mulheres-no-mundo.htm

[14] Nações Unidas https://nacoesunidas.org/brasil-tem-segunda-maior-taxa-de-homicidios-da-america-do-sul-diz-relatorio-da-onu/

[15] Jusbrasil https://sindjufe-mt.jusbrasil.com.br/noticias/2925465/o-preco-da-corrupcao-no-brasil-valor-chega-a-r-69-bilhoes-de-reais-por-ano

[16] AgênciaBrasil http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-01/patrimonio-dos-26-mais-ricos-do-mundo-e-igual-ao-da-metade-mais-pobre